Às vezes fico pensando o quanto somos ansiosos, queremos as
coisas para ontem. Não temos o dom da paciência, afinal tudo acontece no tempo
certo.
Estava observando um casulo e sempre que podia voltava para
ver se dali já tinha nascido uma borboleta. Queria fazer parte daquele momento.
Muitas vezes ficava parada apenas observando.
Um dia tive a alegria de partilhar daquele momento de onde saiu
uma borboleta colorida. Apreciei como tudo acontecia. Percebi então como elas
são sábias; não se precipitam, ficam quietas à espera do tempo certo.
Aquilo foi uma grande lição que aprendi. As borboletas
esperam o tempo que for preciso, elas não abrem simplesmente a porta para abrir
suas asas e ganhar o voo. Nós, pelo contrário, estamos atropelando fases. Já não
temos mais a sabedoria de esperar.
Simplesmente queremos e pronto. Não esperamos o momento
certo para voar. Nos iludimos porque acreditamos se um pode o outro também
poderá, só não sabemos o que cada um passa para chegar até onde está. Essa precipitação,
essa ansiedade é que está fazendo as pessoas se perderem na vida.
Faça como as borboletas: espere. O que tem que ser seu será.
Não se acomode a espera de um milagre, faça a sua parte. Semeie. O tempo da colheita chegará e entre
flores e o vento seu tempo de voo enfim chegará e tudo aquilo que um dia semeou
estará voltando para você.
Quer que seu voo tenha direção certa, não rasgue o que lhe
incomoda nem reclame do tempo da espera, sua hora chegará, basta saber esperar.
Márcia Coutinho
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