Que ano trágico foi esse!
Nos despedimos de tantas pessoas que passaram a fazer parte de nosso dia a dia, pessoas estas que nos faziam rir, refletir, emocionar e acreditar.
Os últimos dias estamos vivendo com o coração apertado. A morte do apresentador Augusto Liberato, o nosso Gugu, nos coloca a pensar mais em nós mesmos, no quanto estamos fazendo por nós.
Enquanto assistimos a violência tomando conta dos noticiários, quando mães, famílias inteiras procuram por seus familiares ou por justiça, um outro lado se esconde de balas perdidas,se indigna pelas decisões da Suprema Corte tirando nossos direitos, soltando tantos bandidos que saquearam o nosso país ou mataram pais de família.
Está sendo muito difícil esperar para que este ano se encerre. Sei que muitas pessoas criticam a cobertura que a mídia dá para as celebridades, principalmente em casos de fatalidades como as que estamos presenciando neste fatídico ano.
Não tenho vergonha de confessar que me emocionei e até mesmo chorei pela perda do jornalista Ricardo Boechat, um homem que me fazia ficar em frente a TV assistindo o noticiário para ouvir seus comentários coerentes e sarcásticos.
Chorei pelo diretor e ator Jorge Fernando, um homem de uma inteligência sem igual e um bom humor invejável. Me inspirava nele.
Agora, quando penso que já podia parar, me vejo de olhos cheios de lágrimas pela perda do Gugu. Um jovem senhor que passava uma simplicidade, competência e carisma para todos. Um profissional que não tinha limites para criar.
Não pensem vocês que não me sensibilizei pela tragédia em Brumadinho, queria ter o poder de chegar até lá e fazer alguma coisa por aquelas pessoas que perderam seus parentes, familiares e amigos. Uma comunidade engolida pela lama.
Quantas lágrimas e dor estão escondidas ali. Quantos gritos de impunidade ecoam por lá.
O ano está bem perto de acabar. Que Deus nos ajude e nos proteja para que não sejamos surpreendidos por mais notícias que não gostaríamos de receber.
Boa sorte a todos.
Márcia Coutinho
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