Estou sempre procurando comparar a
nossa vida com alguma coisa.
Já comparei com um trem com suas
retas, suas curvas, descidas e subidas. Sempre no trilho procurando chegar ao
seu destino. Nós enfrentamos obstáculos, momentos de calmaria até alcançarmos
nossos objetivos.
Comparei como os pássaros que voam
livres, porém sempre voltam para casa. Quantas vezes desejamos ficar mais
velhos e sair de casa, morar sozinhos. Mas quando acontece sempre voltamos para
ter o carinho e o colinho da mamãe!
E às borboletas? Coloridas,
alegres, beijando as flores, fazendo verdadeiro balé. No entanto driblam mãos
que tentam agarrá-las. Somos nós nos desviando das barreiras, driblando também
as adversidades.
Eu não me esqueci de compará-la às
ruas. Onde encontramos ruas escuras, claras, calçadas, iluminadas. Tem aquelas
esquinas que escondem mistérios, aquela avenida sem fim. São como aqueles dias
onde acordamos não sabendo o que encontraremos logo ao amanhecer. Sabemos dos
desafios, das alegrias, das incertezas. Mesmo assim persistimos com nossos
sonhos em nossos corações.
Hoje comparo nossa vida a uma conta
bancária: sempre entrando e saindo do vermelho. Fazemos de tudo, verdadeiro
milagre para ir ao trabalho e voltar para casa, encontrando aconchego e amor.
Outros dias; enfrentamos
engarrafamentos, chuva, alagamento, assalto. Mesmo chegando em casa nervosos e
trêmulos,damos graças a Deus pelo dia, pela vida!
Hoje pagamos as contas, amanhã
talvez, têm os aumentos, os gastos extras. Vivemos somando, subtraindo e até
multiplicando. O que não pode é ficar no vermelho de novo.
Puxa vida! Como a nossa vida mesmo
complicada e difícil nos dá tantas oportunidades de ser feliz!
Márcia Coutinho
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