Vivemos a euforia do futebol. Cada jogo uma nova adrenalina
que nos obriga a fixar o olhar no placar à espera do apito final.
Exatamente a 4 anos atrás sentimos o amargo da vergonha ao
perdemos dentro de casa por 7 x 1 da Alemanha. Naquele fatídico dia, todos os
brasileiros que gostam ou que assistem aos jogos da copa do mundo se
envergonharam.
Não havia uma só esquina, um só grupo onde o assunto não era
aquele vexame!
O tempo passou. Aqueles jogadores se despediram da seleção.
Uns partiram para outros países, alguns permaneceram aqui e ainda tem os que se
aposentaram. Ficou uma lição: não subestime o adversário. Não se venda, não
deixe que o dinheiro fale mais alto que a sua vergonha.
Pensei que nesta copa, o povo brasileiro não estaria em
frente à TV assistindo aos jogos na Rússia. Enganei-me. Talvez eles não estejam
tão empolgados quanto antes, mas tem uma grande maioria vestindo a sua camisa
verde amarela e desfilando orgulhosa pela nossa seleção. Claro que agora vão guardá-la no funda da gaveta.
Não sei se é amor à pátria ou amor ao esporte. O que importa
se não vamos ser Hexa esse ano? Tantas coisas estão ficando de um ano para
outro, isso quando se resolve e mesmo assim nos calamos, não adianta procurar
culpados pelo fracasso.
Em vez de xingar nossos julgadores, porque não vamos fazer
uma visita nos sites de notícias, nos jornais e ver o quanto os deputados estão tramando nas
nossas costas?
Sei que os nossos grandes problemas continuam. Não precisam
ficar nos lembrando deles. Quem tem que se preocupar em resolve-los são aqueles
que detém o poder. Nós, meros cidadãos, temos que ficar atentos apenas no que
eles estão “votando” enquanto nos distraímos com os jogos.
Fica a sugestão.
Márcia Coutinho
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