Nesta semana, quando pensava e divagava sobre a morte do ator e diretor Jorge Fernando, um cara gênio que muito nos ensinou na arte de interpretar, que levava a vida com sorriso e bom humor, percebi o quanto nossa vida é frágil: ela se vai como um sopro.
Imagina como a mãe dele devia estar sofrendo, afinal eram não só mãe e filho, mas amigos, parceiros e companheiros. Só o tempo para amenizar a dor dessa mãe e de tantas que tem suas perdas irreparáveis.
A morte, deveria ser tratada com mais atenção para quem fica. A dor, a saudade, o triste fim e o último adeus. A morte é a única certeza que temos, não adianta cor ou condição social, de alguma maneira na hora certa iremos nos despedir da vida aqui na terra.
O que vem depois continua um mistério.
Para completar essas divagações acordo hoje com a notícia do falecimento de uma grande amiga. Uma amizade que ultrapassou décadas e que nem a distância foi capaz de quebrar esse elo.
Amiga que dividiu comigo suas alegrias, tristeza, sonhos, gargalhadas e decepções. Juntas fizemos das nossas noites de sábado um encontro certo; dançar, paquerar, ser feliz.
Os anos iam passando e cada vez mais fortalecidos os laços. Nos tornamos também colegas de faculdade, prontas para o que der e vier. Mais uma página de nossa história escrita juntas.
Meu casamento, minha madrinha. Meus 50 anos, minha festa dos meus sonhos e ela esteve presente com seu sorriso e sua amizade.
Agora restam as lembranças, que são muitas. Nessa hora fica a dor, a falta de palavras e o excesso de emoção.
Minha amiga, sei que lutou muito, mas não deu. Sua hora foi escolhida e mesmo assim, com nosso egoísmo ainda não queríamos te perder.
Vá com Deus. E ao encontrar sua mãe, minha também querida amiga, matem a saudade e juntas cuidem daqueles que aqui ficaram mergulhados na dor e na saudade.
Descanse em paz.
Márcia Coutinho
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