“Eles são fortes, grandes e poderosos. Nasceram para tomar conta.”
Um dia ouvimos isso de alguém quando se referiam aos homens.
Não digo seres humanos, digo homens, aqueles do sexo masculino. Por muitos
anos, diria até mesmo décadas, os homens eram os provedores do lar, a eles
cabia a função de ter filhos, trabalhar e dar à sua família o melhor.
O tempo passou e com ele grandes mudanças. Chegamos a uma
era moderna ou assim dizendo contemporânea, tecnológica. O homem evolui muito,
teve grandes conquistas e com isso teve algumas “perdas”. Dentre elas o posto
de chefe do lar.
As mulheres que vieram de mansinho, submissa, começaram a
ficar insatisfeitas com o posto que lhe era imposto, correram atrás, foram à
luta e enfim tornaram-se não apenas dona de casa, mãe, mas companheira,
parceira de vida. Trabalhadoras.
Hoje, homens e mulheres dividem tarefas. O homem não deixou
de ser homem por ajudar nos serviços domésticos, por cuidar dos filhos e muitas
vezes trocar de lugar com suas companheiras. A mulher trabalha fora e o homem
cuida do lar. Tudo foi feito na entrelinha da evolução.
A mulher não deixou de ser feminina por ter assumidos postos
antes só dos homens. Aprendeu a lidar com graxa, com cabos, com direção e tudo
que envolve o mundo masculino. Foi e ainda é uma constante luta. Ainda
precisamos evoluir muito para aceitar essa parceria.
Tremulam bandeiras pedindo igualdade entre os sexos. Mas é
difícil se igualar naquilo que não é igual. As diferenças ainda persistem, a
mulher continua tendo seu lado frágil e não menos inteligente. É preciso se
igualar na valorização do trabalhador, independentemente do sexo, cor ou
religião.
Na travessia do tempo, esbarraram com o novo, com o
estranho, com a aceitação. Homens e mulheres se aceitando, se revelando. Assumindo quem são. Enfrentando preconceitos,
discriminação. Passam-se anos, porém a cabeça do homem ainda enfrenta sérias
resistências.
Lamentável que isso ainda aconteça.
Márcia Coutinho
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