Eu acreditava que, com o tempo; ao falar do meu pai já não sofreria tanto, as lágrimas iriam diminuir.
Mas não, a cada ano a sua ausência é muito sentida .
Fico imaginando como teria sido minha vida se eu tivesse a convivência dele. Com certeza ele como um sábio que era seria um mestre conselheiro.
Não aplaudiria meus erros, apontaria por onde começar a mudar.
Aplaudiria sim; minhas conquistas.
Sofreria comigo as minhas derrotas. Ele nos criou para sermos fortes, pessoas do bem.
Por ele ter partido ainda jovem, alguma lição não foi totalmente ensinada, ficaram arestas a serem aparadas.
Tinha tanto orgulho de sair de mais dadas com ele!
Admirava seu trabalho de pedreiro. Inflava o peito para dizer: foi meu pai quem fez
Hoje choro ainda mais, tenho passado por momentos difíceis muitas vezes incompreendida e condenada por pessoas que eu acreditava que eram inteligentes, que sabiam distinguir o joio do trigo.
Meu pai com certeza me diria: você não precisa prestar satisfação a ninguém minha filha, eu te eduquei no caminho certo.
E é por você meu pai, que vou erguer minha cabeça e seguir em frente.
Descanse em paz, mas de vez em quando, se preciso for, pode dar uma puxadinha de orelha, vou entender que foi você me alertando para não desistir de mim .
Márcia Coutinho
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Verdade mesmo não estando entre nós,sempre estará em nossos corações saudades eternas
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