Hoje falo olhando
diretamente nos olhos dos meus filhos e tenho certeza que o mesmo muitos pais
gostariam de ter a oportunidade de falar aos filhos.
Ontem tive a oportunidade
filhos, de conhecer uma clinica de tratamento para dependentes químicos e álcool.
Foi uma sensação tão
grande de injustiça com nossos adolescentes e jovens que me cortou o coração. Alguém
está deixando de olhar com mais atenção esse problema. Será ele um problema
apenas dos outros?
Engana-se: ele fere,
maltrata e assusta a todos. A família se envolve e sofre junto.
Quantas famílias
estavam ali representadas. Vi através daqueles olhares perdidos seres humanos
perdidos, com a auto-estima tão baixa.
Ao mesmo tempo vi que
eles não estavam sozinhos, afinal eles não foram jogados ali.
Aquele local foi uma
última cartada da família, a luz do fim do túnel. Quantas lágrimas foram
derramadas antes daquela decisão. Sei
meus filhos, que nenhuma mãe merece ter que tomar esta difícil decisão, mas foi
preciso antes que um mau maior acontecesse.
Me dirijo a vocês como
uma maneira de agradecer pelos filhos brilhantes que se tornaram, meus grandes
orgulho. Apesar das diferenças, dos altos e baixos nunca perdemos o respeito. Nosso
elo não se desfez com o tempo. Nos amamos muito, as diferenças nos fizeram
sentar e dialogar.
Eles estão ali não
porque faltou amor, houve sim um momento em que os laços se desfizeram. Agora
tentam resgatar o que se perdeu.
Filhos não julguem, não
vire a cara para os dependentes químicos, apóie as famílias e ajude-as a
direcionar para encontrarem uma solução.
Nós não podemos salvar
o mundo, mas podemos fazer a diferença sendo ponto de apoio.
Todos têm telhados de
vidro. Fiquemos atentos.
Márcia Coutinho
www.facebook.com/salpicando
ideias
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