Chegando ao final de ano, nem mesmo o mês de dezembro chegou
e as crianças já começam a escrever intermináveis cartinhas que dia a dia vão
se modificando. No final já não sabem na verdade o que querem. Chega a ser uma
verdadeira surpresa quando abrem seus embrulhos.
Algumas nem mesmo tem o gosto de viver esse dia, são
crianças que convivem com a miséria e a pobreza. Apenas nessa data são
lembradas por entidades e por pessoas de bom coração que gostam de servir e se
solidarizam com essas pessoas.
Já uma outra parte fica feliz e agradecida. Mas acreditem,
tem crianças que mesmo vivendo em um mundo cor de rosa ainda se acham no
direito de chorarem, fazerem show e birras porque seus pedidos não foram
prontamente atendidos.
São as contradições no mundo mágico das crianças. Estas que
tem sonhos diferentes. Sonham com um prato farto de arroz e feijão, com
materiais escolares, com um emprego para o pai e tantos desejos simples que
para elas são sonhos tão distantes.
E aquelas crianças que acham que estão no topo do mundo, que
seus desejos são ordens? Será que elas sã orientadas sobre valores? A diferença
entre o ter e o poder?
Percebemos nesse mês como ainda temos crianças que sonham com
o impossível, que vivem a realidade das famílias e do mundo. Que se inteiram
com os problemas e aceitam o que lhe dão de coração.
Seria tão mais fácil se pudéssemos inserir nessa nossa
sociedade conceitos e virtudes sob o olhar dessas crianças, essas que sabem o
que podem e o que terão.
O espírito de natal deveria ser divulgado durante todo o
ano, para que quando chegasse o momento de escrever a cartinha para o Papai Noel;
tudo fluísse com muita naturalidade, sem exageros e apelos, apenas com o coração
aberto pronto para agradecer.
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