Hoje resolvi entrar na discussão
de um assunto que de alguma maneira mexe com minha estrutura.
Quando é ano eleitoral, nos
tornamos pessoas conhecidas. Pessoas que passaram pelas nossas vidas se
aproximam pedindo votos para um conhecido ou parente. Sabem as propostas de
cor, apoiam e até assinam embaixo como demonstração de confiança.
Pois é. A eleição passa,
você mais uma vez confia seu voto a um desconhecido seu, mas conhecido de um
conhecido seu. De repente descobre que este seu voto foi para eleger alguém que
é contra a vida, a favor do aborto.
Pipocam na mídia
manifestações contra e a favor da legalização do aborto até o terceiro mês de
gravidez.
Eu, essa é minha opinião,
te pergunto: se você tem a opção de não engravidar, porque então se acha no
direito de tirar a vida do seu filho que não pediu para vir ao mundo?
Aí entram questões sociais,
religiosas, familiares. Não quero entrar o mérito. Mas acho que deveriam pensassem
antes de fazer. Foi estupro? Uma questão a ser resolvida. Olhar para seu filho
sabendo que foi fruto da violência é uma carga pesada demais, uma lembrança que
nunca será esquecida. Tem pessoas que dão a volta por cima e assumem, outras
não conseguem conviver com o trauma e preferem ficar livre dele.
Tudo é uma questão de
condições; nesse caso de estupro. Em outras circunstâncias sou totalmente
contra.
As melhores partes da minha
vida são definidas pela chegada dos meus dois filhos. Desde o momento da
confirmação da gravidez, todo os meses que antecederam os nascimentos,
consultas, enjoos (que foram demais), enxoval, escolha de nomes e padrinhos foi
um sonho vivido e realizado com muito amor e carinho.
Cada um sabe onde o calo
aperta, por isso somente você que é mulher pode tomar a melhor decisão: ser mãe
por escolha ou ser mãe por uso excessivo do corpo sem regras, sem limites, sem
estrutura, sem vergonha.
Para mim o aborto continua
como crime. Quem tira a vida de um inocente é um criminoso em dose dupla. Quem apoia
essa decisão mais criminoso se torna.
Márcia Coutinho
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