Vivemos uma época onde a mulher continua em sua busca pela independência, pela liberdade e por "direitos " iguais.
Nessa busca insensante trombamos com mulheres fracas, dependentes, machucadas, violentadas, fragilizadas, esquecidas.
Vem então em minha lembrança o quanto admirava minhas professoras primárias. Dali, nasceu o meu orgulho pela profissão cresci com o sonho de ser educadora. Via naquelas mulheres umas heroínas, exemplos.
Em casa via minha mãe, tias e avós, apenas como donas de casa. Queria entender o porquê elas não poderiam ser mais que donas de casa, mãe.
Até o dia em que minha mãe deu um basta e foi à luta. Deixou de ser apenas mais uma para se tornar referência.
Contrariou a família do meu pai que era muito conservadora e foi trabalhar fora, se tornou uma funcionária pública, foi trabalhar em uma escola como cantineira. Não tinha estudo, tinha sonhos. Iria ajudar financeiramente meu pai.
Por muitos anos fez o seu trabalho com orgulho, até se aposentar Nos ensinou a fazer as tarefas de casa e nos mostrou que podíamos ir além da cozinha. Lá fora tinha um mundo de oportunidades para nós mulheres.
Hoje, quando vejo um mês dedicado às mulheres, reverencio a todas Dona Gláucia que desafiaram seu tempo e não desistiram de acreditar que poderia enfrentar o mundo machista que vivemos.
Ela para mim foi a mulher que não baixou a cabeça para os preconceitos. Ela merece o meu aplausos como profissional, como mulher.
Que sejamos corajosas em tempos ainda tão rotulados.
Márcia Coutinho
www.facebook.com/salpicandoideias
0 comentários:
Postar um comentário