Hoje,
aproveitando o tempo resolvi abrir a minha caixinha de lembranças. Descobri
nessa viagem por fotos e “trecos” o quanto a vida é gostosa e cheia de
surpresas.
Não
adianta selecionar apenas o que nos fez feliz, importa olhar o que nos
entristeceu e ver que conseguimos vencer, mesmo com tantas lágrimas de
decepção. Foi um processo de amadurecimento que doeu, mas foi preciso.
Manusear
as lembranças é uma terapia. Conseguimos dar gargalhadas ao acaso. Revivemos
momentos onde não fazíamos planos do amanhã, éramos tão inconsequentes,
acreditávamos que tínhamos o destino na palma de nossas mãos. Era tudo tão
fácil!
Pensando
bem, de vez em quando deveríamos fazer essa volta ao passado, buscar limpar a
poeira do tempo, fazendo uma faxina nas lembranças para não deixar que o tempo
nos tire o pó desses momentos.
Essa
faxina apenas nós podemos fazer, a nós cabe selecionar o que deve ou não ficar.
Assim, descartamos aquilo que perdeu sua importância, colocamos aquilo que nos
fez crescer.
De
repente percebi que havia acabado de me encontrar. Havia deixado para trás
pessoas que mesmo a distância ainda se preocupava comigo. Deixei de andar de
mãos dadas com quem precisava de mim.
Era
hora de resgatar a mim mesmo. De dar o braço a saudade e sair por aí,
recontando minha história, reconstruindo minha vida, recolhendo o que deveria
fazer parte dessa minha caixinha de lembranças.
Um
dia talvez, quando resolver fazer novamente essa viagem eu perceba o quanto eu
cresci mais forte, mais firme em minhas decisões. então poderei ter certeza
que, nossa vida não é feita só de alegrias, as tristezas nos ensinam a enxugar
as lágrimas.
Márcia
Coutinho
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