E de repente, deparei-me com um "eu" adormecido, temeroso.
Um "eu" que estava perdendo a esperança. Que por detrás do sorriso mascarava a tristeza e decepções.
Esse "eu" chora escondido porque não pode mostrar suas fragilidades. Ele é mestre na arte de fingir. A vida nos pede assim, nos acomodamos, aceitamos e pronto.
Esse embate entre o "eu" social e o "eu" verdade me mostrou o quanto nos acomodamos em mentirar. Mostrar o que não somos para os outros "mentirosos"que também se escondem.
Não deveria ser assim. Seria muito melhor se vivêssemos as claras com nossa consciência; sem precisar esconder nossas verdades.
Não é porque me mostro forte, bem humorado que não preciso driblar tantas adversidades que cruzam meu caminho. Pareço poderosa porque se me curvar vão montar em mim. Não deixarei. Agora aprendi a dizer não.
Contento-me em saber que os ombros que tenho disponíveis para acalentar os meus amigos é a minha mais pura verdade.
Que as palavras que escrevo é a minha alma em verso.
Que minhas opiniões são minhas e não compradas ou repetidas.
Confio neste meu "eu" que não mais vai se esconder com medo de ofender esses covardes que se escondem por detrás de algo chamado fantasia.
A máscara cai, a verdade é soberana, por isso prevalece.
Márcia
Coutinho
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