Salpicando Ideias

Opinião, discussão sobre temas polêmicos e atuais.

sábado, 9 de setembro de 2017

NÃO ESTÁ SENDO FÁCIL.

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Oi. Quem me acompanha nesses três anos do nosso Salpicando Ideias, sabe o quanto procuro ser transparente em meus comentários e como procuro levar sempre a melhor mensagem para cada um de vocês.

Otimismo e amor são palavras que venho empregando sempre. Acredito na força do pensamento e do querer.

Mas nem tudo na vida são rosas e vocês podem pensar que os meus problemas são pequenos, já que estou sempre de bom humor. No entanto, quero aproveitar essa nossa parceria para dividir com vocês um problema que estou vivendo e que pode ser um problema também de vocês.

Não quero ser dramática, mas realista.

Já tem alguns meses que passei a conviver com algo que parecia distante de minha família. A depressão. Ela não bate à sua porta e espera ser convidada a entrar. Ela simplesmente entra como um terremoto sem pedir licença, vai se alojando e, quando percebemos estamos todos envolvidos com essa doença.

Não é fácil. A pessoa deprimida não tem noção do quanto seu estado é delicado e requer cuidados constantes. Conviver com a depressão nos torna reféns dos seus efeitos. O ambiente deve ser movido à tranquilidade e nunca estamos preparados para o que nos espera. Por que? Essa é uma pergunta que não tem resposta, temos sim várias suposições.

A princípio é necessário que o paciente aceite que está doente e precisa de cuidados médicos. Não se cura sozinho. A demora em aceitar que precisava dessa ajuda foi o que fez a doença se agravar. Tive e estou tendo dificuldades para lidar com tudo isso. Leio muito e tenho acompanhado todo o processo.

É importante que a família não descuide do paciente, ele procura se isolar, se torna arredio, triste e angustiado.  Por mais que pareça o contrário, depressão provoca sofrimento; não só de quem está doente, mas de toda a família.

Vale lembrar que, a depressão faz com que a pessoa se sinta culpado pelos transtornos, causando uma sensação de desesperança e uma vontade de “sumir”. Sentem que são incômodos para a família, e é justamente por isso que os cuidados precisam ser redobrados. Pensam no suicídio como forma de aliviar o seu sofrimento e de sua família.

Tudo que estou relatando para vocês é apenas parte da minha rotina nesses últimos meses. Ainda tenho muito a dividir com vocês. A rotina, as mudanças de humor, o comportamento diferenciado com os membros da família e amigos também faz parte da doença.

Fico me perguntando tanto em como agir e podem ter certeza, por mais que acho que estou no caminho certo ainda sei que tem muito caminho a percorrer. Sei que nossa vida vai demorar a voltar à normalidade. Mas não posso perder a fé.
E que Deus nos ajude.

Márcia Coutinho


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