Enfim o tão temido dia chegou: seu filho vai deixar o lar.
Novos caminhos apontam novas oportunidades. É preciso tomar decisões e seguir
em frente.
Pensando assim parece fácil, não é mesmo?
Para uns pode até ser fácil devido o tipo de relacionamento
entre filhos e pais. É preciso compreender que, essa mudança faz parte da vida,
em algum momento teria que acontecer.
É de suma importância o grau de maturidade do filho para que
os pais se sintam seguros neste momento. Nenhuma mãe não quer nem imaginar seu
filho passando por dificuldades. Em determinado momento elas podem se cobrar
por não ter exigido mais deles em casa. Assim estariam preparando para a vida
lá fora, longe das suas asas.
Quando esse momento acontece, geralmente os pais,
principalmente as mães se veem em uma tristeza profunda, uma apatia, onde
perdem o encanto pela vida. Só assim percebem que seus filhos cresceram e que
chegou a hora de bater as asas.
Tanto os filhos como os pais passam por um necessário
processo de adaptação da nova realidade. Serão criados novas rotinas, novas
maneiras de preencher o espaço vazio.
Geralmente as mães são as que mais sofrem, quando trabalham
preenchem seu tempo, quando são donas de casa precisam ocupar o tempo com
cursos, atividades que antes não tinham tempo.
Há casos onde a depressão toma conta. Começa então um novo
problema. É preciso muito carinho, amor e paciência. O tempo ajuda a curar as
feridas deixadas pela ausência.
Para que tudo aconteça de forma natural é preciso todo um
processo que antecede o tão esperado dia. Assim não haverá sequelas, apenas uma
saudade que pode ser aliviada com visitas, telefonemas e todas as facilidades
da vida moderna.
E por fim, aguenta coração! Para os dois lados é um
recomeço, uma nova fase em busca de novos desafios, com esperança de uma vida
nova com grandes perspectivas!
Márcia Coutinho
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