Não falo em laço de sangue, falo em laço de amor. Assim são as mães adotivas.
Desejar um filho, sonhar em ser mãe. Esse é um desejo que vem de longe e atravessa gerações.
Mulheres que sonham em carregar no ventre seus filhos e embalar entoando cantigas de dormir.
Porém, para muitas esse sonho não acontece. A palavra filho machuca, uma dor de impotência invade o coração e muitas vezes faz um relacionamento chegar ao fim.
Outras vezes comumente resolvem partir para a adoção. Começa aí uma longa batalha na lista de espera.
Essa expectativa faz com que o tão chegado dia aconteça com muita comemoração. Enfim: pais de coração. Um sonho realizado.
Mas nem tudo são rosas... muitos problemas também podem estar começando. Não se sabe em que condições aquela criança foi gerada e quem são os verdadeiros pais. Quais os problemas que podem estar nela, problemas até mesmo de genética. Questiona-se também o porquê de ter sido entregue para a adoção. Por isso é preciso que seja tudo feito de forma consciente. Não pode haver devolução. Filho é para sempre.
Não quer dizer que, se o filho é adotivo ele será sinônimo de problemas. Longe de mim dizer isso. conheço casos de casais que tem em seus filhos de coração verdadeiras pérolas enquanto os filhos legítimos são "os problemas".
A grandeza de coração desses pais é o que proporciona uma educação especial. O amor pelos filhos faz com que esmerem em tudo para que nada lhes falte.
Não olhe diferente para o filho adotivo, não olhe com preconceito para o filho especial, mas sim, olhe com respeito a essas mães adotivas que abriram seus coração para acolher aquele que ela docemente chama de FILHO.
Márcia Coutinho
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