Estamos vivendo uma época em que se prega o amor, mas não
sabem exercê-lo em toda a sua essência.
Falo de um amor maior. Amor para com o próximo, aquele
sentimento de compaixão que vem do coração, com solidariedade, ajudar sem olhar
a quem ou mesmo se vai receber algo em troca.
Amar quem está ao nosso lado, nos ensinando a compartilhar,
a estender as mãos é fácil. O difícil é olhar quem não conhecemos e perceber
que precisa de ajuda e saber o melhor momento e como ajudar.
Hoje, casamento está ficando fora de moda, essa nova geração
não tem preocupação em magoar, em partir para outra. Eles desencantam
facilmente. O amor dessa geração é passageiro.
Será que as pessoas estão se tornando frias de coração? É
lamentável se isso for uma verdade já que temos tanto a oferecer e não
precisamos esperar nada dos outros, somos suficientemente fortes para alcançar
o que desejamos.
Precisamos focar nossas energias positivas nas pessoas que
tem luz própria, deixando de lado quem gosta de ferir.
Mudar o mundo? Seria grande pretensão, não seríamos bobos
para acreditar que temos tamanho poder, mas sim, podemos melhorar onde vivemos.
Esse melhorar é colocar mais amor por onde passamos. É semear o bem. É praticar
o bem sem olhar a quem.
Estamos nos distanciando uns dos outros. Cada um procurando
se dar bem à sua maneira, os maiores engolindo os fracos.
Parece que estamos jogando para fora tudo de mal que temos dentro
de nós. Por que olhar com desprezo quem passa por nós? Por que valorizar tanto
o dinheiro, a condição social?
Diante das guerras, dos conflitos
familiares, da violência e da corrupção que diariamente enxergamos, muitos
dizem: “Este mundo é desumano! Não há mais amor! ”
Mudar essa realidade não é nada
fácil, diria que é quase impossível, mas se pensar assim estou deixando de
acreditar naquela pequena parte dos “homens” que ainda procuram seguir pelo
melhor caminho.
Márcia Coutinho
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