Em tempos onde sentimos repulsa pelos abusos cometidos uns
contra os outros, principalmente quando falamos de abuso sexual e físico,
esquecemos que existe outra forma de abuso que deixa sérias sequelas: o abuso
verbal.
A grande diferença é que o abuso verbal é contínuo e quase sempre
leva ao abuso físico.
Quando a criança começa sua vida passando por esse trauma,
normalmente se ela não pedir ajuda as consequências futuras serão imensas,
afinal pode se apegar muito às pessoas, pessoas muitas vezes que vão aproveitar
de sua fragilidade, desenvolverão sentimentos negativos contra ela mesmo e o
pior não conseguirão conviver em sociedade deixando que sua autoestima nunca
ganhe novos contornos.
Aceitar ser humilhada, xingada, desprezada, desrespeitada, ridicularizada,
criticada... é como se colocar na beira de um precipício. Em qualquer momento
pode ser fatal.
O desespero, a falta de confiança nos outros são peças
fundamentais para colocar quem sofre de agressão verbal no fundo do poço. Por isso
denunciar, dizer não é de fundamental importância.
Quem grita é porque está perdendo a razão. Quem cala é
porque não tem forças para enfrentar.
Uma discussão só acontece porque duas pessoas tentam
defender seu ponto de vista pelo grito, não pelas razões certas. Não pela
conversa. O diálogo é fundamental.
Não podemos nos esquecer que, a violência verbal é tão
prejudicial quanto qualquer outra.
Observe; quem gosta de praticar esse tipo de violência é
porque se sente melhor diminuindo a sua vítima. E a vítima só aceita as
agressões porque ainda não se deu ao valor.
Dê um basta na primeira violência que sofrer, seja ela qual
for. Quem usa da violência não é digno de confiança.
Márcia Coutinho
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