Estava lendo um artigo onde a manchete me chamou a atenção:”
Com 35 anos de casada nunca me senti tão sozinha”.
Vi naquelas palavras, verdades que são escondidas atrás de
uma farsa chamada casal feliz. Nela a mulher relata seu sonho de casar, ter filhos
e na velhice curtir o marido, os netos e assistir o crescimento profissional deles.
Sendo felizes com suas escolhas.
Bom. Para ela tudo ia bem, seguia o cronograma como um dia idealizou,
seu sonho ganhava contorno através de seus filhos, mas... faltava algo
fundamental: envelhecer juntos.
Muitos casais; com o passar dos anos deixa que a rotina os
distancie. Os diálogos passam a ser cada vez menores. Quando percebem passam a
se ver cada vez menos, cada um com suas faltas, seus problemas. A distância aumenta
e eles não percebem. Quando um dia se dão conta cada um se trancou em seu
mundo.
O outro? Fica apenas como um adereço a ser usado em
encontros familiares e sociais.
Essa mulher desabafa em um comovente relato onde busca
respostas, onde procura o fio da meada. Sabe que seus filhos seguem seus
caminhos, cada um com sua vida, seus problemas, seus desafios. São conectados
pelos laços eternos do amor filial, um laço que não se rompe, nem com a distância,
nem a saudade.
Onde houve a falha? Quando o silêncio passou a fazer parte
da moradia no lar. Quando o interesse foi-se junto com o primeiro passo para a
reaproximação, quando suas vidas deixaram de se entrelaçar.
É o fim? Talvez. É preciso o querer, o ter a oportunidade de
recomeçar, o ter o tempo, o enfim e cada um pesar o que é melhor para cada um e
para o casal e o que deve ser feito a partir desses pontos.
Isso é o que penso, é a minha opinião.
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