Como é triste fazer fofoca e o pior: como é frustrante ser
alvo da fofoca!
Estou falando sobre esse assunto por causa de um fato que
aconteceu bem próximo a mim e infelizmente fui obrigado a presenciar.
Ontem fiz uma viagem de ônibus; ao meu lado foi uma mulher
falando ao telefone. Ela não se preocupou por estar em um lugar fechado cercado
de desconhecidos. Talvez por isso teve tanta liberdade para falar da vida de
uma tal de “Patrícia”.
Começou apenas falando que essa moça estava namorando um
homem mais velho, mas que ela sabe que esta gosta mesmo é de um rapaz mais
novo. Que sempre dizia que estava nova para um compromisso mais sério, que
agora casou de repente. Continuava relatando o que “sabia” e ainda insinuava
que talvez a pressa é porque ela pode estar gravida.
Conversou muito com a pessoa e depois ligou para outra. No segundo
telefonema ela já dizia que haviam contado a ela que a Patrícia só casou porque
está gravida. Que a família não queria o casamento porque o homem é mais velho.
No terceiro telefonema ela insinuou que o filho pode ser do
mais novo, que um dia ela ficou sabendo que a Patrícia estava se encontrando
com o mais novo enquanto namorava outro. Até afirmou que um dia foi na casa dessa
pessoa e que ela não a deixou entrar, tem certeza que tinha alguém lá dentro
com ela.
Gente, é sério. Foram quatro horas de muita fofoca. Imaginem como está a orelha da Patrícia,
pegando fogo. Hoje o nome dela deve está em todas as rodas de conversas, diria:
fofocas.
Me senti desconfortável. A vida de alguém estava sendo
exposta. Foram mexericos inventados, nada de concreto, afinal a fofoqueira
dizia em certos trechos: “falaram, me disseram, ouvi, eu ví...” e muito mais.
Viram? A fofoca é como um vírus. Se espalha causando muito
mal, é preciso evitar a contaminação. Não participe da fofoca. Não espalhe o
que não tem certeza. Se for vítima; procure o autor dos boatos. Eu tive medo daquela pessoa ao meu lado. Nunca
tinha visto uma serpente tão de perto.
Tô fora!
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