Hoje o meu coração ficou triste de repente. Ele marcou o seu
compasso de forma diferente. O motivo? Uma tristeza chamada despedida.
Precisei me despedir de uma amiga
querida. Aqui deixou saudades. Deixou sua história. Colocou um ponto final em
suas memórias. Sei que sentirei falta de nossas conversas, de nosso vinho tomado
entre casos de um tempo que ficou para traz costurado com muita nostalgia.
Minha querida amiga. Quem me vê
falando pensa que éramos da mesma idade, que vivemos aventuras juntas, que
partilhamos histórias, mas não. A nossa diferença de idade era muita, assim
como era grande a sua sabedoria! Como gostava de ouvi-la!
Fiquei todo o meu dia pensando nas
histórias que tanto ouvi. Consegui até ouvi as gargalhadas que partilhamos ao
escutar os causos de assombração. Como ela tinha medo! Mesmo assim ainda
encontrava um jeitinho de nos assustar. E agora, como ficarão nossos causos?
Não estamos preparados para a morte. Esse
último adeus é muito dolorido. Saber que nunca mais veremos, que ficarão apenas
as memórias é algo inexplicável. Por isso a importância de saber viver, de
cultivar o máximo cada momento.
O que se leva dessa vida é o que se
cultivou aqui. Com certeza ficará a saudade. Uma saudade, hoje doída, mas uma
saudade de um tempo que com certeza vivi com alguém que soube viver e cultivar
quem conviveu com ela.
A seus familiares a minha
solidariedade. A você minha amiga Dona Adélia, a minha gratidão, o meu respeito
e a minha eterna saudade.
Vá em Paz.
Márcia Coutinho
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