Salpicando Ideias

Opinião, discussão sobre temas polêmicos e atuais.

quinta-feira, 26 de abril de 2018

FAÇA USO DO DIÁLOGO.


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A arte de educar não é fácil. Pecamos muitas vezes pelo excesso de amor. Esquecemos que impor limites faz parte dessa equação.

O que estamos assistindo são crianças e adolescentes sem medo de nada, se arriscando, afrontando pais e sociedade. Sabem estes que a punição não acontece: são menores. As leis os protegem.

Com isso vivemos uma crise familiar. Pais e filhos não se entendem, a sociedade enfrenta crianças, adolescentes e jovens “sem freio”, porém precisando de ajuda, e urgente. Gritam por socorro através de atitudes drásticas muitas vezes incompreendidas.

Sabemos que tem famílias que ainda lutam e tentam educar seus filhos dentro do diálogo, de uma conversa franca, com os valores sendo cada vez mais impostos. Uma família criada dentro dos moldes da conversa, do tempo em família, do uso adequado da tecnologia ainda podemos acreditar que o mundo tem solução.

Não adianta colocar seus filhos nas melhores escolas, em várias atividades afim de que eles possam utilizar bem o tempo ocioso e em casa faltar o principal: a família. Dessa maneira, eles buscam informações na rua, na internet e de alguma maneira tentam chamar a atenção dos pais para os conflitos internos que vivem.

Sabemos o quanto o bullying vem maltratando nossa sociedade. Estudantes de todas as classes e idades sofrem todos os dias essa agressão e não encontram apoio ou coragem para contar a seus familiares, por medo da maneira como será conduzida toda a situação. Fazem então a escolha errada: o suicídio.

É preciso conversar sobre o assunto, não adianta maquiar o problema para não alarmar nossos adolescentes. O que precisamos no momento é muito diálogo, mostrar aos filhos o quanto vocês os amam e querem estar ao seu lado. Não podemos começar uma conversa com cobranças, é preciso saber ouvir e entender as entrelinhas.

Pais, fica um outro alerta: não sobrecarreguem seus filhos com cobranças de notas escolares e escolhas profissionais. Eles ainda são jovens e estão perdidos, precisam de apoio para juntos encontrarem respostas. Não os comparem a outros jovens que se deram bem e seu filho ainda não. Essa cobrança também é um dos motivos para o suicídio.

O momento é de diálogo. Unam-se a seus filhos e de forma rápida. Eles precisam de vocês.

Márcia Coutinho


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