A arte de educar não é fácil. Pecamos
muitas vezes pelo excesso de amor. Esquecemos que impor limites faz parte dessa
equação.
O que estamos assistindo são crianças
e adolescentes sem medo de nada, se arriscando, afrontando pais e sociedade. Sabem
estes que a punição não acontece: são menores. As leis os protegem.
Com isso vivemos uma crise familiar. Pais
e filhos não se entendem, a sociedade enfrenta crianças, adolescentes e jovens “sem
freio”, porém precisando de ajuda, e urgente. Gritam por socorro através de
atitudes drásticas muitas vezes incompreendidas.
Sabemos que tem famílias que ainda
lutam e tentam educar seus filhos dentro do diálogo, de uma conversa franca,
com os valores sendo cada vez mais impostos. Uma família criada dentro dos
moldes da conversa, do tempo em família, do uso adequado da tecnologia ainda
podemos acreditar que o mundo tem solução.
Não adianta colocar seus filhos nas
melhores escolas, em várias atividades afim de que eles possam utilizar bem o
tempo ocioso e em casa faltar o principal: a família. Dessa maneira, eles
buscam informações na rua, na internet e de alguma maneira tentam chamar a
atenção dos pais para os conflitos internos que vivem.
Sabemos o quanto o bullying vem
maltratando nossa sociedade. Estudantes de todas as classes e idades sofrem
todos os dias essa agressão e não encontram apoio ou coragem para contar a seus
familiares, por medo da maneira como será conduzida toda a situação. Fazem então
a escolha errada: o suicídio.
É preciso conversar sobre o assunto,
não adianta maquiar o problema para não alarmar nossos adolescentes. O que precisamos
no momento é muito diálogo, mostrar aos filhos o quanto vocês os amam e querem
estar ao seu lado. Não podemos começar uma conversa com cobranças, é preciso
saber ouvir e entender as entrelinhas.
Pais, fica um outro alerta: não sobrecarreguem
seus filhos com cobranças de notas escolares e escolhas profissionais. Eles ainda
são jovens e estão perdidos, precisam de apoio para juntos encontrarem
respostas. Não os comparem a outros jovens que se deram bem e seu filho ainda
não. Essa cobrança também é um dos motivos para o suicídio.
O momento é de diálogo. Unam-se a
seus filhos e de forma rápida. Eles precisam de vocês.
Márcia Coutinho
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