Começou como uma gripezinha, depois passou a ser uma guerra política até chegar em números gigantescos de infectados e mortos.
Assim defino essa pandemia.Algo que chegou como manchete nos noticiários, não imaginávamos que seria algo tão sério e preocupante. Para os descrentes era um alarde. Logo passaria.
Esse logo já são mais de três meses. O comércio fechado, muito desemprego e a fome para uma grande maioria. Todas as tardes temos um resumo do dia. Tem pessoas que desistiram de assistir os telejornais: só tragédia. Pessoas perdendo a vida enquanto outros desafiam a ciência.
Eu sempre disse: essas pessoas que dizem não aguentar usar máscara, que não se preocupam em higienizar as mãos, nem se preocupam com o distanciamento ou isolamento social só vão acordar para o problema quando esse estiver dentro da sua casa, quando perderem um ente querido.
Tenho tentado fazer o meu melhor. Desde o início me tranquei em casa, saindo apenas para ir no mercado ou farmácia. Das pessoas que moram na minha casa eu era a mais recomendada para fazer as compras. Sempre com máscara e álcool gel na bolsa.
Em junho fiquei acamada com problema na coluna. Foram mais de 40 dias dependendo das pessoas. Com isso passaram a revezar em quem saía para fazer as compras. Pronto: um suspeito de covid-19 dentro da minha casa.
Nossa rotina mudou assim como nossa rotina. Agora todos de máscara o tempo todo, quarto fechado, tudo entregue apenas na porta e saindo rápido, limpeza da casa mais vezes e o medo que entrou e ficou.
Medo do desconhecido, uma incerteza que só acabará quando o resultado do teste para covid-19 chegar.
Então, reforço o que vinha dizendo: mesmo com todos os cuidados, o vírus conseguiu furar nossas barreiras de proteção, estamos mobilizados para vencer o coronavirus caso o exame seja positivo. é uma grande expectativa, imagine como sentirão as pessoas que não acreditam e não se protegem se, a próxima vítima for alguém que ele tanto quer bem.
Se puder fique em casa.
Márcia Coutinho
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