Salpicando Ideias

Opinião, discussão sobre temas polêmicos e atuais.

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

FLEXIBILIDADE PARA VIVER.

                                                       
            Uma coisa para nos deixar sem graça é a franqueza de uma criança. Quando ela gosta de algo que ganhou, sabe elogiar, agradecer e sair correndo mostrando o que ganhou. Já se não gosta de uma pessoa , diz na cara mesmo. É uma franqueza tão honesta que os adultos não se incomodam.
            Por que não crescemos com a índole da criança e  somos sempre nós mesmo no decorrer da vida? Precisamos ser aceitos como somos, com nossos defeitos , qualidades e sinceridade e principalmente nos adequando aos desafios.
            Mas a sociedade em si não aceita os defeitos, ser diferente é um grave problema que nos afasta dela. Se nós não nos aceitamos como somos, como queremos que o mundo nos aceite?
            É de uma incoerência absurda você não reconhecer seu próprio valor, sua potencialidade e no entanto cobrar que seus valores sejam aceitos. Afinal, que valores são esses?
            A partir do momento que você se encontrar é porque descobriu a sua importância. É preciso mostrar seu ponto de equilíbrio com a vida e as pessoas.
            Claro que sua vida não depende do que os outros pensam a seu respeito, depende única e exclusivamente de você, que não precisa ser especial ou melhor do que os outros, precisa sim estar em uma constante sintonia e união com os outros.
            Já imaginou se todos nós fossemos rígidos em nosso ponto de vista, não haveria interação, viveríamos isolados, porque na realidade não podemos mudar a nós mesmos e a nossa personalidade por causa de ninguém, nem deixar que façam o que querem conosco, mas também não podemos nos tornar egoístas para dizer: me aceite como sou, não estou disposto a mudar para me adaptar ao seu mundo.
            É preciso haver flexibilidade de todas as partes, precisamos estar dispostos para guardar um tempo para nos adaptarmos a personalidade do outro. Se não for assim, nada funcionará. É preciso um ajustamento  conjunto, para que a relação com a sociedade se torne justa.
            Vamos nos esforçar um pouco mais, ser mais flexíveis, isto não diminuirá a nossa sensibilidade, as nossas virtudes e sim serão o ponto de encontro nos caminhos da vida.
              "Que ninguém nos molde! Que não sejamos também marionetes! Mas que tenhamos amor suficiente no coração para reconhecermos sozinhos os pontos aos quais podemos ceder para a felicidade da pessoa que convive conosco".

 Márcia Coutinho

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