Ontem,
assistindo o programa Encontro, com Fátima Bernardes, fui indiretamente
apresentada ao pequeno Carlinhos.
Tímido,
olhar penetrante, vivaz ,ele me cativou, não quis parar de assistir aquela
matéria.
O
que ele tinha de especial? Ele é uma criança especial, é portador de Síndrome de
Dowm. É mais um que enfrenta preconceitos por ser diferente, mas Carlinhos não
é apenas portador de Síndrome de Down, ele mostra com seu jeito diferente que o
amor é uma vacina da vida.
Ele
seria mais um, onde os pais buscariam ajuda para lhe incluir no convívio
social, afinal a sociedade impõe padrões que ela mesmo não segue, o mundo se
fecha para as mudanças que devem acontecer.
Porém
os pais hoje se sentem a vontade para expor o que passaram para com isto,
mostrar a outros pais que este problema só continuará se dentro do próprio lar
não houver aceitação.
Contaram
os pais que foi um choque quando viram que seu filho era diferente, eles
desesperaram pois foi uma surpresa, mesmo assim não desistiram dele, sabiam que
tinha uma grande missão e que hoje esta missão só trouxe benefícios para todos
eles.
As
experiências que viveram e as situações que ainda enfrentam apenas mostram que
precisam ser fortes, enfrentar cada dia de uma vez e não deixar que seu filho
passe por situações de constrangimentos.
Relataram
que a chegada do filho especial é seguida por três fases: a primeira é o
choque, eles não entendem porque aquilo aconteceu, imaginam se serão capazes de
ajuda-lo a enfrentar os obstáculos da vida, estarão eles também preparados para
o que vem pela frente?
A
segunda é considerada o luto: a família se fecha, sente vergonha, não quer que
vejam que seu filho é especial, começa os questionamentos muitas vezes sem
respostas.
Já
a terceira e última fase é a superação. A família mostra para a sociedade a
maturidade e aceitação. Mostra que, seu filho não apenas aprenderá a conviver
com as diferenças e preconceitos, ele
ensinará a superar desafios. Eles já são capazes de enfrentar quem lhes aponta
o dedo.
Carlinhos,
em idade escolar enfrentou seu primeiro e grande desafio: encontrar uma escola
que o aceitassem como é. Foi estudar em
uma escola regular pelo programa de inclusão social. Tímido, assustado, recebeu
olhares desconfiados, piadinhas entre dentes. Só que nosso pequeno herói fez a
diferença acontecer. Cativou a todos com seu jeitinho ingênuo. Cada conquista
de Carlinhos é motivo de festa da turma. Ele não se sente menor ali. Dá um
passo por vez. Sua família sabe que a caminhada é longa, que muitos desafios
pela frente acontecerão, no entanto sabem que a sociedade um dia vai olhar para
seus filhos especiais e entender que, precisamos aprender a conviver com as
diferenças, cada um tem o que ensinar, porem ele tem muito mais a aprender.
Márcia Coutinho
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