Parece estranho quando digo que
uma pessoa que mal conheço escreveu algo que me deixou a refletir. Não algo
banal, mas lógico.
Em suas palavras Jô Soares
disse: “ A melhor maneira de ser feliz com alguém é aprender a ser feliz
sozinha. Daí a companhia será uma questão de escolha e não necessidade”.
Eu que não escondo o medo da
solidão , me toquei. Quantas vezes fico à espera de alguém ao meu lado para me
tirar da insegurança. Este ficar sozinha não é o mesmo de se sentir sozinha. Às
vezes temos tantas pessoas à nossa volta e mesmo assim um vazio permanece.
Por isso, essa fobia pelo “só”
deixou de existir no momento em que percebi que a solidão é uma questão de
momento, diz o ditado: antes só do que mal acompanhado. É a mais pura verdade.
Descobri nos últimos dias que,
venho me sentindo muito feliz, mesmo com os acontecimentos do momento, venho
tirando de cada dia uma lição, de cada acerto uma conquista. Não me sinto só,
mesmo quando sei da distância entre eu e meu alguém, é temporariamente, mesmo
assim isso não me travou, não provocou medo ou insegurança e sim, me deu força
e ânimo para prosseguir. Sei de minha capacidade.
Hoje crio as minhas expectativas. Quando
preciso tomar uma decisão eu conto comigo. Gosto de sentir no comando. Gosto de
agir.
Entendi também que, quando a situação
envolve mais pessoas a decisão não pode ser apenas de um lado, convoco os
interessados, ou seja, minha família: sentamos, discutimos, decidimos.
O estar sozinho não é estar
desacompanhado e sim resolver as coisas sem ajuda, procurando desatar os nós,
assumindo os riscos, usando de seu aprendizado e fazendo com que dê certo. O que
não podemos é esperar a boa vontade dos outro ou de alguém. Isto causa atraso
de vida, cria situações desnecessárias e leva ao estresse. Basta. Você vai se
sair bem.
Márcia Coutinho
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