Tudo novo que
chega em nossa vida é motivo de comemoração. Nem por isso podemos esbanjar e
sentir que somos privilegiados, que nada fizemos e mesmo assim somos
merecedores das glórias.
Mas será mesmo que estamos
sabendo aproveitar e curtir a era moderna, tecnológica que está invadindo
nossas famílias, nossos lares?
Uma maneira diferente de
olharmos esse ponto de vista é quando olhamos como nossas crianças já não tem a
mesma inocência de antes. Os laços de fita cor de rosa e os carrinhos puxados
por barbantes já é passado. Agora navegam pela internet, as brincadeiras são
virtuais e o aprendizado é dado por terceiros.
Não sou contra a modernidade,
sou totalmente contra a forma que estão encarando tudo isso. Estamos perdendo
virtudes e valores.
É muito mais fácil colocar o
filho na frente da TV, computador, vídeo game do que tirar um pouco do seu tão
escasso tempo para ler uma história, montar um quebra cabeça ou mesmo assistir
um desenho do pica pau. Os super-heróis estão escassos. Mudaram-se os perfis.
É preciso ficarmos alertas à
maneira com que estes pequenos estão vendo a vida acontecer. Eles estão se
refletindo em nossas atitudes, na correria, no estresse. Já são fãs dos enlatados,
sucos de caixinha, dos biscoitos cheios de química que estão substituindo as
refeições tão essenciais para o crescimento e desenvolvimento dos mesmos.
Não é preciso cortar as “delícias”,
é preciso a dosagem certa. Está crescendo o número de crianças obesas e
doentes, tudo um acúmulo de culpados e excessos.
Falar “não” é necessário, faz
parte do aprendizado. Muitos “nãos” receberemos pela vida afora. É preciso
aprender a lidar com isso desde pequeno.
É melhor chorar hoje por um mimo
que não aconteceu do que amanhã por não saber enfrentar os desafios.
Faço um alerta: nossas crianças estão sofrendo um abandono silencioso dentro de casa. Precisamos reverter esse quadro.
Márcia Coutinho
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