Sou uma pessoa que não gosto da
solidão. Ele me angustia, deixa aquele vazio. Com ela procuro respostas que sei
que não encontrarei. Ouço o barulho do silêncio, por isso sempre que posso
procuro evita-lo.
Como faço? Procuro uma ocupação: ou
leio ou escrevo. Com isso deixo minha imaginação voar e, quando percebo o tempo
passou.
Já outras pessoas dizem gostar da
solidão. O silêncio torna-se um ótimo conselheiro. É como digo: cada um sabe o
que é melhor e o que lhe faz bem.
Por isso não nos cabe julgar.
Pensando sobre viver sozinho, ninguém
vive totalmente sozinho, por mais que lhe pareça ser quando existe a falta de
companhia.
Convivem conosco lembranças e
momentos que gostaríamos de esquecer, guardamos a sete chaves segredos de uma
existência frustrante ou de uma pessoa que se realizou plenamente, porém sem grandes
ajudas.
Pois é bem assim, carregamos uma
bagagem em toda nossa trajetória, por vez ela se enche e pesa, outras vão se
tornando vazias, sem grande importância.
Às vezes nos cabe parar, trocar de
mãos, tomar um fôlego e prosseguir. Há momentos onde é preciso nos desfazer de
sonhos e trocá-los por uma dura realidade.
O peso de nossa bagagem depende muito
do que somos dentro de nós mesmos. O que mais vai pesar ou tornar nossa
caminhada mais leve e prazerosa são os sentimentos e atitudes que conquistamos
e usamos durante toda nossa vida.
Ah! Como seria bom se pudéssemos de
vez em quando trocar toda a bagagem por algo que valha a pena e tenha ficado
para trás! Como retroceder não é possível, o melhor mesmo é termos cuidado com
nossas conquistas e objetivos, porque nem sempre há tempo para se lavar toda a
sujeira que conquistamos ao longo de nossa trajetória.
Se preciso for, mate alguns
sentimentos que estão dentro de você e que estão te impedindo de caminhar. Será
em legítima defesa.
Márcia
Coutinho
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