Fui
convidada para assistir umas apresentações teatrais em uma festa de uma comunidade,
seria comemorado o dia das crianças.
Chegando
lá, a primeira coisa que observei era um banner onde tinha a seguinte pergunta:
Qual a face da arte?
Me
coloquei a tentar respondê-la. Parecida uma pergunta tão simples e de repente
estava tendo dúvidas.
Com
o entra e sai de crianças e mesmo os atores com toda a movimentação, consegui
distraí daquela pergunta.
Em meio à aquelas pessoas que queriam estar na primeira
fila, me coloquei ali. Percebi o quanto para eles o momento era especial,
afinal uma companhia de teatro se dispôs a ir ali para apresentar peças
infantis, em plena manhã de domingo.
Achei interessante que, os atores estavam dispostos, felizes
e com o mesmo empenho e frio na barriga de uma grande apresentação.
Cada um com suas dificuldades se dispuserem a dar o seu
melhor. Entraram nos personagens e brilharam.
Conversando com um e com outro (diga-se de passagem, que eu
converso muito mesmo) e mesmo com os artistas vi que, cada um tem uma
trajetória diferente, porém todos tem um amor grande pela arte. Estão ali
porque gostam, por que abrem mão de muito tempo para fazer o melhor.
O cenário era muito simples, porém feito com o que tinham de
melhor e dentro da proposta. Os figurinos também de uma simplicidade, mas de
bom gosto.
Não importa se não tem luxo, ali tinham muito mais: tinham
artistas verdadeiros em cena.
Na saída já tinha a resposta para aquela pergunta: qual a
face da arte? Superação. Cada um mata o seu leão para realizar seu sonho, e
isso é o suficiente.
Márcia Coutinho
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