Quando assistimos a um espetáculo de balé, é tudo tão
lindo que não nos deixa palavras para descrevê-lo.
Deixamo-nos levar pela música, cores e a dança em si
que nos remete a lugares mágicos e inimagináveis.
Para que tudo saia perfeito é preciso muita
preparação, ensaio, dedicação e calma.
O tempo é o grande aliado, dele tem que ser tirado o
máximo de proveito. É uma corrida contra o tempo, onde os contratempos são
superados um a um e enfim o grande dia acontece para delírio de quem aprecia
essa arte.
Agora, imagine você assistir de graça um espetáculo
que acontece com plateia ou sem ela. Acontece ao ar livre, sem ensaio ou
coreografias, mesmo assim tudo sai perfeito, impecável.
Quem tem a sensibilidade de parar e olhar para a
sincronia do desse bailar, terá a certeza de que a natureza é perfeita e nos dá
demonstração de grandiosidade a todo instante.
Me refiro ao balé dos pássaros, estes quando migram
vão fazendo do céu o palco e de seus movimentos uma dança que ninguém pode
imitar.
O corpo desse balé é formado de bailarinos de tamanhos
e idades diferentes, que se unem para se protegerem, enquanto nos presenteiam
com uma dança de cores e delicadeza.
Desenham no céu coreografias inimitáveis, são formas, subidas
e descidas de tirar o fôlego.
Não precisam de luzes, holofotes, aplausos. Querem apenas
o direito de cruzar os céus nos encantando com uma liberdade que muitos não
sabem definir.
Márcia Coutinho
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