Às vezes penso que seria tão mais fácil se tivéssemos
sempre ao alcance de nossas mãos um alvejante que ajudasse a limpar as mágoas
do nosso coração.
Seria bem mais fácil mesmo. Assim não teríamos o que
ficar martelando em nossa mente o quanto estamos magoados e com isso mais
fragilizados.
Perdoar é um dom, e não é fácil, afinal perdoar é
esquecer. E não se esquece quem nos atira uma pedra, as cicatrizes ficam para
não deixar que nos esqueçamos.
Podemos até dizer que perdoamos, não aprendemos a
perdoar. Talvez o tempo nos ensine a relevar os fatos e com isso torna-lo menos
dolorido.
Vivem pregando o perdão, o amor ao próximo. Isso sim é
muito bom de ouvir, no entanto na prática é outra história.
Se riscamos de nossas vidas quem nos magoou, estamos com
isso tirando alguém que não queremos mais que faça parte de nossa vida. Não podemos
fingir que nada aconteceu, poucas pessoas aceitam pensar em quem nos machucou
no momento em que essa ferida ainda dói. Já o tempo vai nos proporcionando
maturidade para compreender que o melhor perdão é o que damos a nós mesmos.
Não podemos nos tornar juízes dos outros, precisamos
entender que somos seres capazes de usar a inteligência, a razão e a
consciência para julgar o nosso próprio comportamento.
Vale uma pergunta: quem somos nós para julgar os outros? Podemos
e devemos nos privar de conviver com quem nos faz mal, nos atrapalha na
caminhada. Analisarmos as nossas atitudes mediante as críticas ou as ações dos
outros nos dá a ideia de como é difícil perdoar ou querer o perdão.
A melhor coisa a fazer é andarmos sempre no lado certo da
estrada, não prejudicando ninguém, nem mesmo sendo os juízes da vida alheia.
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