Ouvi certo dia uma frase que me chamou a atenção: eu
queria ser a rosa do jardim de alguém. Quem me disse isso estava vivendo um
momento onde pensava: ninguém me ama, ninguém me quer.
Disse a ela que na vida não somos todos rosas no jardim
de alguém, afinal a vida é um monte de coisas diferentes, de coloridos pálidos
e exuberantes. Uma cor agrada a alguns enquanto desagrada a outros.
Mesmo a mais linda flor pode não ter um perfume tão
perfeito. Já imaginou se no jardim só existissem as flores? O que seria das
borboletas, dos pássaros, da grama?
Tudo é um conjunto. É a mãe natureza em sua perfeição dando
a cada um à sua importância.
Assim somos nós. Cada pessoa tem as suas qualidades, os
seus dons. Todos deveriam ter a mesma sintonia, o mesmo respeito. Se ninguém
invadisse o espaço do outro, não teríamos desculpas para tanta discórdia, tanta
violência.
Se não podemos ser a flor, podemos ser a borboleta que
mesmo sozinha viaja por onde deseja, espalha sua beleza, nos encanta com suas
cores e dança.
Queremos ser flor para ser acariciada, mimada, cortejada.
Esquecemos que a rosa tem espinhos, tem seus momentos como nós; pois usamos nossas
palavras para ferir, nossas atitudes para maltratar, enquanto poderíamos usar o
nosso bom senso para unir, equilibrar.
Ou sendo rosa com sua beleza e perfume, ou o sol que
irradia vida não podemos nos esquecer nunca que somos importantes na vida de
alguém. Mesmo que esse alguém não seja aquele que você tanto queria que te
colocasse em um lindo vaso em sua vida.
Se ame, se respeite. Seja sempre você mesmo; onde estiver
ou por onde for.
Márcia Coutinho
0 comentários:
Postar um comentário