A vida nos proporciona mudanças ao longo da nossa caminhada.
São mudanças visíveis a olho nu. Um dia estamos mais magros e de repente passamos a adquirir peso.
Mudamos a maneira de vestir. O corte e cor do cabelo. Fazemos a barba, começamos a malhar .
Mudamos nossa forma física até sem perceber ou mudamos para melhorar nossa saúde ou a nossa aparência.
Essas mudanças muitas vezes acontecem para agradar aos outros e não a nós mesmos.
Mas a principal mudança precisa vir de dentro para fora e, tem que acontecer naturalmente para nos proporcionar bem estar e uma melhor maneira de convivermos em sociedade.
Ela não acontece de um dia para o outro, como se fosse um passe de mágica. Ela acontece quando percebemos que não está nos fazendo bem, muito pelo contrário ela vem nos desgastando, nos afastando de nós mesmos. Precisa acontecer devagar. É numa metamorfose.
Às vezes pensamos que estamos felizes como somos, "as pessoas me conheceram assim". Mas as coisas não funcionam assim. As pessoas podem te aceitar como é; isso não quer dizer que é a melhor maneira de ser.
Descobri que eu era temida pela minha forma direta de dizer as coisas. Eu não era uma pessoa de fácil convivência. Era sim uma pessoa que gosto e gostava de ajudar, atenciosa, fiel, amiga.
Isso não bastava, assim como esse meu jeito ao longo dos anos me fez deparar com o divórcio depois de 27 anos de casamento.
Deparei com um meu eu que desconhecia: frágil, medrosa, ansiosa.
Tirei dessa péssima experiência a necessidade de me auto avaliar e descobri que precisava me reinventar. Mudar meu jeito não minha essência
Foi um período longo de aprendizado e ajuda.
Entrei em uma fase de me esconder de mim mesmo. Quis por um fim naquela mulher, mas a mulher guerreira e corajosa não deixou. Sempre fui exemplo de perseverança e não podia vacilar
Despertou dentro de mim uma nova mulher que aprendeu a ouvir, a interpretar o silêncio, a não gritar para ter voz mas sim; a se calar para ser entendida .
Ainda vivo minha mudança que a todos os dias me apresenta uma nova fase repleta de momentos bons e de superação
Estou encontrando o equilíbrio entre o meu verdadeiro eu e aquela mulher que um dia perdeu parte no sentido da vida.
Está valendo a pena olhar as cicatrizes e dizer: doeram muito, mas por causa delas, eu renasci mais forte, mais humilde, mais confiante.
Márcia Coutinho
www.dacebook.com/ salpicandoideias
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