Como uma águia que demora a alçar voos, somos treinados a
esperar pelo senhor dos tempos.
Esse tal de tempo que nos incomoda pela demora, que nos
arrasta pela lentidão.
Tempo esse que nos força às escolhas enquanto medimos as
consequências.
Tempo que não volta mais, que nos inspira a prosseguir, a
sonhar, a medir a distância.
Tempo que não nos acalenta, tempo que já não sei se tenho.
Tempo onde me endividei de dúvidas.
A bendito tempo! Onde se escondeu que te procuro e não
encontro?
Dai-me a resposta que procuro, dai-me a tranquilidade que não
tenho.
Tempo dos ansiosos, dos inquietos, dos rudes, dos mansos.
Tempo que te faz pensar, te rasga a alma, que alimenta teu
coração.
Tempo que sopra em seu ouvido a doce música da esperança.
Vá e desperte o tempo que ficou acalentando teus sonhos.
Márcia Coutinho
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