Enchemos a boca para dizermos que
estamos no século XXI, a era da tecnologia, um país globalizado. Parece aula de
história, mas a realidade é outra. Ainda guardamos restos da idade de pedra,
quando o homem era superior: o ser maior, supremo. À mulher restava a
submissão.
E
hoje? Por que aceitam serem espancadas, agredidas? Seria medo? Covardia?
Foi
preciso criar uma lei para nos proteger, afinal os homens estão passando dos
limites, e as mulheres pior ainda, dão sempre uma segunda chance, acreditam que
melhorarão. Tudo ilusão. Medo de serem denunciados.
A
lei Maria da Penha foi criada para tentar coibir o avanço da violência, não só
física como também verbal, psicológica e sexual.
Muitas
ainda acreditam no amor, nas mudanças e esquecem de amar a si mesma. Quando agredidas
se veem acuadas dentro do próprio lar, ameaçadas por quem deveria protegê-las,
respeita-las.
Para
elas o futuro termina naquela agressão, sentem vergonha, medo, e se submetem a permanecer
na mesma situação. Esta falta de perspectiva faz com que aceitem a violência e
quanto mais hostilizadas pelos companheiros, parecem que perderam o apoio e
amor próprio, algumas ainda procuram justificativas nas atitudes ou as aceitam
em nome dos filhos, que se tornam tão vitimas como suas mães.
Talvez
o avanço da mulher, suas conquistas aonde vem ganhando direito de igualdade, acabam
criando disputas de poder na família, o que gera insegurança e insatisfação.
É
preciso com urgência que a mulher consiga a diminuição da violência, não podem
ficar no silencio de seus lares, não devem aceitar que sua confiança seja
totalmente destruída por seu parceiro para que continue sendo submissa às suas
vontades.
Com
o avanço da violência contra a mulher as penas alternativas foram proibidas,
assim como multa, entrega de cestas básica e se permitiu a prisão em flagrante
do agressor, dependendo do risco que ela corra.
Quem
aceita o primeiro tapa e perdoa, corre o risco de não estar viva para chegar a
pedir proteção. Caso ela desista da denúncia não é mais como antes, agora ela
precisa desistir perante o juiz, e este determina o que se deve cumprir, inclusive,
determinar o comparecimento obrigatório do agressor a programas de recuperação
e reeducação.
Quando
conhecer alguém, procure saber quem ele
é, um pouco de sua vida, se algo condenar sua conduta, caia fora, não entre em
uma canoa furada, não espere mudanças.um dia com certeza a máscara cairá e
talvez seja tarde demais.
Só
ganha o segundo tapa quem deu a segunda chance. Incentive a denúncia. Tudo pela
vida!
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