Dizem que o coração é terra onde ninguém pisa, afinal
temos a chave para abri-lo ou fechá-lo conforme nosso desejo.
Mesmo assim às vezes abrimos na hora errada e para a
pessoa também errada. Quando percebemos o erro; já é tarde, estamos
perdidamente apaixonados e não sabemos o que fazer.
Vamos levando, contornando as discussões, aparando as
arestas , revendo erros e tentando acertar. Quantas vezes imaginamos estar no
caminho certo. Existe sempre a grande chance de não repetirmos os mesmos erros.
Doce engano; estamos apenas nos iludindo.
É uma tranqüilidade temporária. Nosso coração tem cicatrizes, magoas que
somente o tempo poderá resolver.
Assim é a tempestade. Ao longe percebemos o tempo
mudando, nuvens grossas e escuras se
aproximando, um vento cada vez mais forte que varre tudo por onde passa.
Ficamos aguardando que aquela tempestade chegue, fechamos
apenas as janelas e, quando olhamos para forte ela chega, arrasando tudo,
jogando para longe tudo que encontra. Lá fora está tudo revirado.
Passado o tempo ruim, é hora de olhar lá fora e ver os
estrados: roupas jogadas ao chão, galhos espalhados, muita sujeira. Tudo
poderia ter sido evitado, se ao percebermos a tempestade ao longe tivéssemos
nos antecipado e recolhido o que estive no lugar errado naquele momento.
Agora é hora de
lavar, cuidar do que foi estragado, refazer tudo que foi destruído.
Assim também é na nossa vida. Percebemos que tem algo
errado, porém damos um jeitinho aqui,
uma conversinha dali e vamos levando como
podemos até não ter mais jeito. A crise está batendo à porta e talvez já não
haja mais como recuperar o que foi perdido ao longo dos anos.
Pensando bem... Sempre temos direito a uma segunda
chance. Podemos reconstruir uma história que se perdeu em qualquer momento
dessa caminhada a dois.
As roupas sujas serão limpas,o lixo recolhido e a vida
voltará ao seu ritmo normal.
Márcia Coutinho
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