Vocês que lêem todos os dias o meu blog devem estar
sem entender por que nesta última semana venho falando muito de coração e
recomeço.
Vou tentar explicar de uma forma leve e breve: há
muitos anos, precisamente há 29 anos, senti que ao enterrar meu pai junto
deixei levar meu coração, tamanha era a dor.
Pensei que não suportaria viver sem meu tesouro, meu
grande amor. A partir daquele dia prometi que não entregaria mais meu coração. Que,
como pudesse blindaria minhas emoções para não sofrer essa dor novamente.
O tempo passou. Os amores não adentravam em meu
coração. Estava conseguindo brecar as emoções, tudo ia bem.
Enfim conheci alguém que merecia partilhar desses
sentimentos bons que floresciam. Mesmo assim tinha medo de demonstrar o que
sentia. Somente o amor pelos meus filhos era claro e declarado. Se preciso
fosse gritaria ao mundo todo o meu sentimento a eles, mas não foi preciso, com
eles era escancarado as demonstrações de carinho, afeto e amor.
Dediquei minha
vida a eles e nesse tempo esqueci-me de abrir meu coração a quem tanto abria o
seu para mim. Agora preciso correr atrás do tempo para tentar recuperar o que
deixei de fazer.
Pode ser tarde? Sim. Mas não impossível. Eu não
imaginava a minha vida sem o meu pai. Sobrevivi. Então eu posso muito mais, eu
vou resgatar aquilo que estou perdendo, pois vou mudar o meu jeito de demonstrar
meus sentimentos e emoções, vou deixar o meu coração ter voz e ela chegará ao
coração de quem precisa escutar.
Torçam por mim.
Márcia Coutinho
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