Que sensação maravilhosa essa de sentir o filho amado entre
os braços. Foram tantos meses de distância que a saudade já tinha até mudado de
nome.
Como foi bom ter o meu filho juntamente comigo em um momento
onde preciso tanto de aconchego. Senti-me até mais forte. Pensei que apenas os
filhos gostavam de abraços, mas não, hoje consegui me derreter de tanto amor!
Vejo sempre o quanto o abraço nos comove. Hoje foi meu filho mais velho que mora longe, mas todos os dias sinto o calor do abraço do meu filho caçula, que não me deixa faltar o amor nosso de cada dia.
Isso me deixou pensativa: como pode mães ter coragem para
abandonar seus filhos? Eles são nossos bens. São tesouros que a cada dia se
valorizam mais. Por isso a importância da educação que damos a eles. Fazê-los
homens de bem para que a sociedade não os puna.
Quantas vezes somos obrigados a corrigir com rigidez, somos
duronas. Impomos limites e regras. Mostramos o nosso poder. Somos taxadas de
bravas, chatas. Isso é ser mãe: aquela que ama, acolhe, mas corrigi.
Não podemos deixar que esse amor incondicional pelos nossos
filhos nos tape a visão afim de não vermos os erros que cometem. Cabe a nós
mãe, direcioná-los. Se preciso for que castigue, puna. Filhos e mães é uma
cumplicidade verdadeira e tem que persistir e nunca acabar.
Lógico que acontecerão os conflitos. São duas gerações, são pensamentos
que se divergem; mas também são pessoas que se amam!
Senti o cheiro do meu filho ao me acolher em seus braços,
ganhar o seu beijo. Isso não tem preço.
Meus filhos; minha vida em forma de homens.
Márcia Coutinho