Eles estão espalhados por aí. Alguns com
características marcantes, um jeito diferente de se vestir, pensamentos contraditórios,
várias cores e credos. Estão à procura de seus sonhos que um dia o embalaram. Agora
se deparam com a frustração de não poderem abraçar aquilo que um dia
acreditaram ser possível.
Falo de milhares de jovens que estão
perdidos, a procura do ponto de partida. Esperaram por um tempo que parece não
ter fim. Essa frustração mexe com seu íntimo, expectativas no chão e bobagens
na cabeça.
Estava me perguntando: o que está
levando nossos jovens a tirarem suas vidas? Onde e de quem é o erro, isso se
houver erro ou culpados de algum lado.
Essa diferença na maneira de encarar
a vida, de viver com o pouco ou na pior das hipóteses; lidar com o muito, tem
sido a causa que motivam a maioria dos suicídios de jovens. Não é fácil lidar
com as frustrações quando se tem uma maturidade, imagine esses jovens que ainda
não se definharam. Não sabem nem verdadeiramente quem são, como descobrir o
querem para si quanto a profissão? E quando já sabem e não tem condições de
bancar seus sonhos?
Os pais cobram fazendo o papel de
pais zelosos e preocupados. A sociedade cobra porque não se cala. Nessa encruzilhada
de cobranças o jovem fica perdido e sem onde procurar apoio e alguém disposto a
ouvi-lo parte para um final trágico.
Não procuro com isso justificar ou
culpar alguém. Chamo a todos para a necessidade urgente de se olhar com mais
atenção para aqueles que estão desnorteados e que, muitas vezes procuram
alternativas que podem ser o seu fim.
Quando abrimos a porta de nossa casa,
não sabemos o que nos espera lá fora. Assim acontece com nossos jovens, eles
procuram apoio em casa, querem conversar e muitas vezes não encontram ninguém
disposto ou com tempo para ouvi-los. Lá fora tem milhares de pessoas com
grandes opções de ajuda, dentre elas o convite às drogas; onde podem ser quem
querem sem dar satisfação a ninguém.
Resgata-los é um processo longo e nem
sempre dá tempo de socorre-los. Por isso peço: vamos deixar que nossos meninos
e meninas se abrem, que falem o que os incomodam e jamais os punir porque falam
o que vem ao coração.
Aos jovens espalhados pelo mundo, o
meu conselho é: não se frustrem por ainda não ter dado um rumo aos seus sonhos,
sinta-se feliz por tê-lo. Se está frustrado é porque está tentando, não desista
por nada de concretiza-lo; mesmo que demore mais do que você planejou.
Márcia Coutinho
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