Realmente vivemos em um mundo de contrastes gritantes. De um
lado uma turma jovem perdida entre tantas coisas desnecessárias e outras
perdidas sem rumo, sem saber nem ao certo suas verdadeiras identidades.
Estou tocando nesse assunto pois vivi nesse fim de semana um
misto disto tudo. Vi a realidade dos contrastes bem próximo a mim, e acreditem,
tive medo de um dos lados desse contraste.
Pois bem, vou lhes contar: meu filho reuniu neste domingo
seus alunos adolescentes de teatro para uma confraternização; pois no sábado
eles fizeram uma apresentação e ele sempre reuni com eles para um momento onde
vão conversar e colocar os acontecimentos da apresentação em roda de conversa.
Fiquei encantada de ver como eles são diferenciados. Gostam de
música de qualidade, tem um papo agradável, falam de tudo sem termos baixos,
sem constrangimentos. Passamos um dia muito agradável e ao final do dia fui leva-los
até o ponto de ônibus e outros fiz questão e leva-los em casa.
Quando estava chegando no ponto de ônibus, deparamos com uma
turma de adolescentes que nos encararam e mostraram que estavam dispostos a tudo,
tivemos receio de ser assaltados, acredito que seja pelo fato de vivermos com
medo de tudo.
O aluno que estava comigo, um adolescente de 13 anos me
disse que tem muito medo da droga, que aqueles adolescentes estão dispostos a
tudo; que roubam ou matam apenas por um celular, um par de tênis. Que não se preocupam
com o mal que estão fazendo a eles e a sua mãe.
Viram como em um só momento esse contraste aconteceu? Se ninguém
não fizer nada por eles eu não sei o que será do futuro da nossa humanidade. Não
vamos fechar os olhos, se preciso for vamos denunciar, vamos gritar, protestar.
Só não vamos aceitar ficar a mercê desses adolescentes tão
perdidos.
Márcia Coutinho
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