De repente bate aquela angústia, parece que o mundo gira e apenas eu parei no tempo. Todos
nos olham como se fossemos estranhos.
Na verdade
é nosso coração que não está conectado com ninguém. Não deve ter sido uma
opção, talvez sejam as circunstâncias ou estamos apenas colhendo o que
plantamos.
Isto
tudo tem apenas um nome: solidão. É quando percebemos que nos preocupamos com
os problemas dos outros mas eles não se preocupam com os seus. Esta descoberta dói o coração.
Mesmo
rodeados de pessoas, conversa, mãos dadas, ainda assim nos sentimos só, é a
solidão da alma. Passamos a perceber que enquanto conseguíamos tempo , às vezes até mudávamos nossos planos
para dar atenção a um amigo e ver que ninguém mudou a sua rotina por nós. Descobrimos
então que só não tínhamos dado conta do quanto estamos sozinhos!
Existe
uma diferença entre estar sozinho e sentir-se sozinho. Explicando: estamos sozinhos quando chegamos muitas vezes
a nos desesperar, bate uma inquietude, uma frustração, algo dentro de nós se
modificada, nos sentimos estressados. Já muitas vezes precisamos ficar sozinhos como aproveitar o
tempo como fonte de inspiração, de autoconhecimento
e liberdade. Esta solidão é como alimento espiritual.
Tem pessoas
que vão se afastando dos outros e quando percebem esta solidão começou a fazer
parte de sua identidade, sem perceber nos isolamos dos relacionamentos,
acabou-se a conexão com o outro lado. Neste momento chega a depressão e nos
pega enfraquecidos, nos domina. Quando resolvermos olhar para o lado a ajuda
talvez tenha cansado de esperar.
Não se
sinta só. Quando começar a sentir um vazio em sua vida, procure apoio. Fale. Muitas
vezes as pessoas tem dificuldade de se aproximar por temer a sua reação.
Não encontre conforto nas drogas
e bebidas. Procure ajuda. Erga sua cabeça e encontrará pessoas que nunca te
abandonaram. Você sim se sentiu menos importante e se recolheu.
Márcia Coutinho
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