Tem dias que acordamos bem dispostos,
encaramos qualquer desafio que surgir, até mesmo brigamos por aquilo que tanto
queremos,
Mas será que estamos mesmo prontos a
encarar uma nova rotina que requer toda nossa atenção e cuidado? Estou falando
quando do dia para a noite descobrimos que alguém a quem amamos muito está com Mal de Alzheimer . doença neuro- degenerativa que provoca a baixa nas
funções intelectuais, reduzindo as capacidades de trabalho e relação social e
interfere no comportamento e na personalidade. É ligada ao envelhecimento e
afeta a memória mais recente.
Somente quem convive com este paciente
sabe da importância do contato, do afeto, carinho e dedicação. Aos poucos vão
se tornando crianças, são difíceis, pirracentos e mais tarde não se lembram de
mais nada, se tornam totalmente dependentes.
Conviver com ele é um desafio a cada dia, é
preciso proporcionar a eles uma rotina tranquila, um horário para aquela
soneca, alimentação adequada, medicação sempre em horário certo, atividades que
preencham o tempo, tudo deve ser modificado em prol deles.
Neste momento é chegado a hora de decidir
quem ficará responsável para acompanhar o paciente, ele requer cuidado especial
e único. Normalmente deve-se qualificar quem ficar responsável por esta função.
É necessário atenção total, ele se torna prioridade. Não devemos trata-los como
estorvo.
É uma tarefa árdua, já que é preciso
paciência e compreensão, aos pouco o idoso vai esquecendo onde mora, nome de familiares
e até mesmo as pessoas passam a se tornarem estranhas para ela.
Muitos pacientes em fase inicial não aceitam
ajuda, sentem que estão dando trabalho e que ainda são capazes de exercer
algumas atividades, atividades estas que aos poucos se tornam impossíveis de
realizar. ficam repetitivos e cansativos.
Alguns tornam-se agressivos , irritados e até depressivos. Em um
estágio mais avançado já não fazem mais nada sozinhos. Com o passar do tempo
começam a surgir novas doenças provocadas pela falta de atividades já que
muitos ficam apenas nos leitos, já se tornam incapazes de engolir e apresentam
reações a determinados medicamentos.
Viu? Não é fácil encarar esta batalha, quem
tem um paciente assim em casa ou na família sabe das limitações e dificuldades,
por isso é nossa obrigação doar neste momento amor e atenção a alguém que se
doou a nós por muitos anos.
Nossos idosos são a nossa maior riqueza!
Márcia Coutinho
Leia amanhã: VAMOS TIRAR DE LETRA.
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