QUERO LHE CONTAR UMA FOFOCA

A primeira coisa que faço ao acordar é ligar o rádio para ficar por dentro das notícias. E pasmem! Uma mulher de 35 anos, juntamente com mais duas pessoas matou um homem, seu companheiro, com golpes de facas e pauladas ; não satisfeitos, passaram com com carro por cima da vítima para terem certeza que ele estava morto. A causa deste ódio tão grande? Vizinhos disseram que seu companheiro havia estuprado sua filha de 9 anos. Cega de raiva, armou com seus amigos e colocou o plano em ação.Agora presos, cumprirão pena. Ficarão bons anos na prisão! Conclusão: após investigações descobriram que não houve estupro, foi uma grande fofoca entre vizinhos.
Fiquei tão estarrecida com a notícia, que pensei com meus botões: como a fofoca tem poder! Que mentes doentias criam uma intriga que é capaz de acabar com amizades, famílias. É preciso "investigar" a notícia, saber de onde partiu, se tem fundamento. A pessoa que lhe contou é digna de confiança?
Imagino a fofoca como um fermento; se colocado o tanto certo; a receita será um sucesso,  colocado a mais, tudo sairá errado. Perda de ingredientes, tempo...
Assim é a fofoca.Se termos atenção, se passarmos adiante, aumentando sempre um pouquinho aqui, outro ali, ela se espalhará ao ponto de poder provocar uma tragédia como aconteceu. Porém, se ficarmos atentas a detalhes, não dermos tanta importância ela acabará, sem sequelas.
Tem pessoas que vivem de fofocas, lhe faz bem. No entanto esta pessoa ficará sozinha, ninguém confiará a ela nem mesmo uma simples receita, sua maldade, seu prazer pela infelicidade alheia será sua ruína.
Temos que ficar atentos aos sinais, pessoas fazem-se de amigos, entram em sua casa, passam a fazer parte de sua família, no entanto com  esta mesma rapidez destrói, aniquila!
As redes sociais estão recheadas de fofocas de celebridades... as revistas investem nestes assuntos. As pessoas gostam de saber do que acontece com o outro, e nós passamos isso adiante.Assim é a vida:
de conto em conto, cada um aumenta um ponto.Vamos ficar atentos.


Márcia Coutinho