Pensaram que estou falando de que? Pois é, com esta frase
muitas coisas passam pela nossa cabeça. Vivemos em um mundo com tantos assuntos
bons ou ruins batendo à nossa porta, que pensar em quem ou o que está voltando
deixa uma grande margem de sugestões.
Estou dizendo sobre algo que vem vencendo os anos, que
vem resistindo bravamente o tempo: as tradições. Essa tal de modernização traz
benefícios incríveis, desde que utilizada de forma consciente, ao mesmo tempo
contraria os hábitos que vem encantando gerações e gerações. Em cada família,
alguém fala com tanta saudade e amor dos tempos de ouro em que viveram, que
deixa um gostinho de “quero experimentar”.
Esta modernização avançada fez com que ouvir rádio , que
é algo que o tempo não apagou, chegue até nós também pela internet, só não fica
atualizado quem se desliga do mundo. Rádio se ouve até em aparelho de pilha, as
emissoras se aperfeiçoaram para que o mau tempo não fizesse que o final de
campeonato ficasse inacabado por falta de energia elétrica. É o novo
contrastando com o velho, é o velho se adequando ao novo. As festas folclóricas
a cada ano ganham mais adeptos, mais cores, mais brilho!
E nossas crianças, que vivem em um mundo urbanizado,
industrializado, informatizado, não conhecem e nunca construíram os seus
brinquedos, tudo que conseguem é brincar com o que está pronto. Algumas
brincadeiras também, não se perderam no mundo globalizado, elas persistem, pois
mesmo já prontas, modernizadas, precisam que sejam partilhadas entre vários
outros participantes. Isto é socialização, divisão de conhecimentos, interação
de culturas, trocas de experiências. É a descoberta de suas limitações, do seu
eu como cidadão inserido em uma sociedade.
As tradições estão voltando, pois está claro que, não
estamos abandonando aquilo que resistiu ao tempo, estamos lapidando aquilo que
pode ficar ainda melhor, as famílias sentem necessidade urgente de resgatar
valores, posturas, dignidade e cumplicidade. Tradicionalmente falando, o tempo
bom pode voltar, só depende de cada um de nós!
Márcia Coutinho
0 comentários:
Postar um comentário