Se você parar só um pouquinho para se informar sobre a
situação do crack no Brasil, ficará alarmado. A coisa está tão feia, que a cada
informação mais indignados ficamos. Eles apontam estatísticas, dizem que é
epidemia, uma doença que se alastra, dizimando famílias inteiras, condenando
cidadãos que não tiveram a oportunidade de uma segunda chance, ou quem sabem,
não aceitaram ajuda ou conselhos,” conseguem se livrarem sozinhos”. Não se
apontam soluções. Dizem quer farão politicas públicas para solucionar o
problemas, são promessas que não saem do papel. A situação da saúde é tão
crítica que, o cidadão que procura um médico para curar um resfriado, ou uma pressão
alta, quem sabe até uma suspeita de infarto não encontra atendimento. Imagine
então quem procura ajuda para se livrar da dependência química!
Na maioria das vezes é criticado, claro, ele entrou nessa
porque quis, teve opção de escolha, falhou, vacilou feio. Ele pede socorro
quando vai até um posto de saúde .Quantas vezes lhe viram as costas, dizem não,
simplesmente ignoram. Assim somos tratados! Meros cidadãos uteis apenas na
época das eleições.
Você já viu algum político, visitar sua rua, a comunidade
em geral fora do período eleitoral? E depois que ganham? Tornam-se pessoas tão
distantes da nossa realidade, que depois nos desconhecem. A situação está se agravando mais para as mulheres que vivem
nas ruas, são dependentes , grávidas, cortaram o elo com suas famílias e
colocarão mais um bebê no mundo. Serão crianças que já nascem com problemas ; pois
foram geradas por pais muitas vezes infectados, no meio do caos. Serão
abandonados ou colocados para adoção. Fecha-se mais um ciclo. Novamente nas
ruas começa tudo outra vez. Não podemos cruzar os braços e assistirmos a tudo
isto sem nos manifestarmos. Basta de promessas, é hora de se colocar as mãos na
massa! Esse crack não pode vencer esta guerra!
Márcia Coutinho
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